SEBASTIANUS 256?-288?

Oi!!!

Quero lembrar aqui que a gente tá na reta final da campanha Homens de Bem 2009. Ainda é tempo de participar! E é por uma boa causa.
Hoje a gente vai falar aqui sobre o santo que uma grande parte dos bissexuais e homossexuais católicos consideram o padroeiro deles: São Sebastião.

(esse quadro foi pintado pelo Spagnoletto, no século XVII)
A maioria dos historiadores parecem concordar que ele nasceu na Gallia Narbonensis, uma região do Império Romano que hoje pertence à França. E o nome dele era Sebastianus.
Não há registro do dia nem do mês em que ele nasceu. E o ano, aparentemente, foi 256.
A princípio, o Sebastianus foi um adorador de Júpiter e dos demais deuses romanos. Mas depois ele se converteu ao Cristianismo.
Quando tinha por volta de 25 anos, ele se alistou no Exército Romano. E embora não se saiba se ele se tornou cristão antes ou depois disso, ele passou a ser favorito dos imperadores Gaius Aurelius Valerius Diocletianus e Marcus Aurelius Valerius Maximianus Herculius. E eu acredito que não seja novidade pra ninguém aqui que ser favorito de um imperador romano significava, entre outras coisas, satisfazer sexualmente esse imperador.
Por ter começado a proteger os cristãos de forma muito parcial e tendenciosa, o Sebastianus provocou a fúria do Imperador Diocletianus, que condenou ele à morte.
De acordo com as lendas católicas, os soldados do imperador teriam tentado executar o Sebastianus de 3 formas diferentes, mas só a 3ª funcionou.
Isso teria sido, de acordo com diferentes historiadores, no ano 286 ou no ano 288. E 100 anos depois, em 388, ele foi declarado santo pelos cristãos. E passou a ser chamado nos países de Língua Portuguesa, alguns séculos depois, de “São Sebastião”.
Na Cultura Ibérica, por volta do século XVII, ele foi sincretizado com Dom Sebastião I, o rei divinizado dos portugueses. E aí, dentro do Sebastianismo, os 2 passaram a receber culto como se fossem a mesma divindade.
Pra quem não viu, eu fiz um post sobre isso em Agosto do ano passado. Tá aí o link:

http://centrogb.blogspot.com/2008_08_01_archive.html

Bom, por ter tido relações com homens, São Sebastião é visto por muitos homossexuais e bissexuais católicos como o padroeiro deles. Mas, gente, acho que é preciso tomar um certo cuidado antes de pegar um santo católico como herói, como ídolo ou alguma coisa assim. Porque fica sempre uma pergunta: o que é verdade e o que é lenda na história desse personagem?
É meio impossível saber a resposta dessa pergunta, já que basicamente tudo o que costuma ser contado sobre um santo católico nos foi deixado por historiadores católicos...
Quando um historiador católico registrava um fato do passado, ele consultava registros históricos de épocas anteriores. Mas aí o que ele fazia?
Bom, alguns historiadores católicos simplesmente queimavam os registros que explicavam alguma coisa com a qual a igreja deles não concordava e outros deturpavam os acontecimentos ali registrados, procurando sempre mostrar as coisas católicas como maravilhas insuperáveis e, no mesmo peso e na mesma medida, procurando sempre diabolizar tudo o que não fosse católico.
Então, a vida de qualquer santo católico, registrada por historiadores católicos, nunca é 100% real. Nem pelo lado positivo nem pelo lado negativo. Porque o que um santo fazia de bom era aumentado, de uma forma que ele parecesse muuuuuito melhor do que ele foi realmente; e o que um santo fazia de ruim era apagado (ou no mínimo suavizado), de uma forma que parecesse que ele nunca (ou quase nunca) fez nada de errado.
As versões mais próximas do real sobre a vida dos santos católicos nos foram deixadas por historiadores que não eram católicos.
Isso sem falar, é claro, das lendas populares criadas sobre os santos católicos depois da morte deles, mas que eram (e ainda são) contadas por muitos católicos como se fossem acontecimentos reais.

Today we’ll talk a little about somebody who’s seen by many catholic homosexuals and bisexuals as a kind of a hero (or maybe a deity): Saint Sebastian.
Most of the historians say he was born in Gallia Narbonensis, a region of the Roman Empire which nowadays belongs to France. And his birthname was Sebastianus.
The day and month when he was born are unknown. But it seems the year was 256.
At least to his teens, Sebastianus worshiped Jupiter and the other roman gods and goddesses. But some time later he converted to Christianism.
In his 20s, he joined the Roman Army. It’s unknown if he converted to Christianism before or after that. But at that time he became a favorite of Emperor Diocletian and Emperor Maximian. And I suppose everybody knows a favorite of a roman emperor had some personal duties to his master. One of them was making him sexually happy.
Anyway, Sebastianus started protecting christians very strongly. It made Emperor Diocletian really angry and, because of that, the emperor sentenced Sebastianus to death.
The catholic myths tell the emperor’s soldiers tried to kill Sebastianus for 3 times in different ways, because it just didn’t work at the 2 1st times.

Algunos historiadores dicen que Sebastianus fue muerto en 286 y otros que lo fue en 288. Pero él fue hecho santo 100 años después, en 388. Y algunos siglos después se quedaría conocido en los paises hablantes de Español como “San Sebastián”.
En la Cultura Ibérica, más o menos en el siglo XVII, hubo el sincretismo entre él y Sebastián I, el “rey divinidad” de los portugueses. Y en el Sebastianismo, los 2 empezaron a ser vistos como la misma divinidad.
Si no lo viste, hay un post hablando de eso en Agosto de 2008. Puédese verlo clicando sobre el enlace arriba.
San Sebastián tuvo relaciones con hombres (emperadores romanos) y por eso es visto por muchos homosexuales y bisexuales católicos como su protector. Pero es necesario tener ojo cuando se habla de un santo católico como un héroe, pues que nunca sabemos bien lo que es mito y lo que es la verdad en la vida de esas personas.
En general, sus vidas nos son contadas por historiadores católicos, y no es siempre que esos hablan la verdad.

Quando uno storico cattolico parlava del passato, lo faceva basato sulle cose che lui trovava di altri storici più antichi. Ma cosa lui faceva allora?
Bene, alcuni storici cattolici soltanto incendiavano quello che trovavano che non fosse d’accordo con quello che la loro chiesa diceva; altri storici cattolici deturpavano tutto quello che trovavano, dicendo sempre che la Chiesa Cattolica era meravigliosa e che tutto quanto non fosse cattolico era cosa del Diavolo (tanto le cose quanto le persone che non fossero cattoliche).
Così, è certo che, quando uno storico cattolico ci racconta la vita di un santo cattolico, quello che lui dice di questo santo, buono o malo, non è 100% vero. Perché, se il santo faceva una cosa buona, si diceva che quello che aveva fatto era molto migliore; se faceva una cosa mala, questo era dimenticato (o almeno minimizzato) per, così, dirsi che il santo non sbagliava mai (o quasi mai).
È certo che quello che si racconta di più vero dei santi cattolici è detto dagli storici che non sono cattolici.
Senza parlare dei miti popolari che parlano dei santi, ma che sono stati creati anni dopo la loro morte. Però molti cattolici parlano di questi miti come se fossero storie vere.

Bom, até mais!